NOTA DE FALECIMENTO ZILDA ARNS NEUMANN, A DEFENSORA DAS CRIANÇAS E DOS IDOSOS

É com grande pesar e tristeza que recebemos nesta quarta-feira, dia 13 de Janeiro de 2010 a notícia do falecimento de Zilda Arns Neumann, Fundadora e Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, vítima dos terremotos no Haiti, ocorrido nesta terça-feira (12).

A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, morreu no forte terremoto que abalou Haiti nesta terça-feira. Ela tinha 75 anos e também era coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa.

Zilda Arns nasceu em Forquilhinha (SC) em 25 de agosto de 1934 e morava em Curitiba, ela foi proposta pelo governo para o Prêmio Nobel da Paz por três anos seguidos.

Formada em Medicina, aprofundou-se em Saúde Pública visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Zilda Arns desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre bíblico da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João.

Em 2003, Zilda Arns recebeu o prêmio 'Faz Diferença', do jornal O GLOBO, de 'Personalidade do Ano', por seu trabalho à frente da Pastoral da Criança. Presente em todos os estados do Brasil e em mais 20 países, a Pastoral da Criança tem mais de 240 mil voluntários capacitados atuando em 40.853 mil comunidades em 4.016 municípios. Acompanha quase 95 mil gestantes e mais de 1, 6 milhão de crianças pobres menores de seis anos.

Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito de São Paulo, Zilda é também tia do Senador Flávio Arns, Ex-presidente da Federação Nacional das Apaes e sendo ainda membro do Conselho Consultivo, realizando um atuante trabalho em favor das pessoas com deficiência.

A Federação Estadual das Apaes une-se a todos que celebram a vida e as realizações dessa aguerrida mulher que dedicou-se às causas humanitárias, à saúde e educação públicas em nosso país, em especial, às crianças.